Em janeiro de 2003, o Brasil liderava a América do Sul sem bravatas nem requebros exibicionistas. No poder desde 1998, Hugo Chávez não ousara provocar nenhum vizinho. O acordo de fronteiras entre o Equador e o Peru, consumado com a mediação pessoal do presidente Fernando Henrique Cardoso, removera do mapa do subcontinente a última zona conflagrada. O Paraguai respeitava o acordo de Itaipu, a Bolívia entendia que o preço do gás levava em conta o gasoduto bilionário construído pelo parceiro. Ninguém se atrevia a desafiar o Brasil.
Comentário postado no Blog do Noblat
domingo, 27 de setembro de 2009
sexta-feira, 31 de julho de 2009
E agora, José?
José Sarney deve estar vivendo o pior dos infernos astrais, mergulhado em denúncias que aparecem a cada dia, agora perdeu o apoio político do PT e, surpreendemente, ou nem tanto assim, do presidente Lula, que até semana passada o defendia com unhas em dentes, mas que agora tira o corpo fora.
O comportamento de Lula não é inédito, vide os episódios de José Dirceu e Antônio Palocci, que quando ministros também se envolveram em escândalos, foram também inicialmente defendidos por Lula, mas foram posteriormente abandonados à própria sorte quando o presidente viu que a defesa lhe custava caro à sua avaliação, o que acontece agora novamente.
Ambos renunciaram aos seus mandatos de ministros, caminho semelhante que deve acontecer com Sarney, que deverá renunciar ao mandato de presidente do senado federal a fim de evitar sua cassação como senador e diminuir a avalanche de denúncias, que atingem a si próprio e a sua família, a qual já pediu que o Senador renunciasse.
O recesso parlamentar acaba na próxima terça-feira, Sarney se encontrará com Lula na segunda-feira para anunciar sua decisão, que será divulgada publicamente alguns dias depois. Com isso, cabe agora à cambaleante base governista procurar um sucessor, que provavelmente não sairá da tropa de choque de Sarney, e talvez até da oposição, o que, felizmente, poderá dar ares novos ao Senado que, enfim, poderá voltar a trabalhar, coisa que não acontece desde que Sarney foi eleito seu presidente.
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?
De Carlos Drumond de Andrade
O comportamento de Lula não é inédito, vide os episódios de José Dirceu e Antônio Palocci, que quando ministros também se envolveram em escândalos, foram também inicialmente defendidos por Lula, mas foram posteriormente abandonados à própria sorte quando o presidente viu que a defesa lhe custava caro à sua avaliação, o que acontece agora novamente.
Ambos renunciaram aos seus mandatos de ministros, caminho semelhante que deve acontecer com Sarney, que deverá renunciar ao mandato de presidente do senado federal a fim de evitar sua cassação como senador e diminuir a avalanche de denúncias, que atingem a si próprio e a sua família, a qual já pediu que o Senador renunciasse.
O recesso parlamentar acaba na próxima terça-feira, Sarney se encontrará com Lula na segunda-feira para anunciar sua decisão, que será divulgada publicamente alguns dias depois. Com isso, cabe agora à cambaleante base governista procurar um sucessor, que provavelmente não sairá da tropa de choque de Sarney, e talvez até da oposição, o que, felizmente, poderá dar ares novos ao Senado que, enfim, poderá voltar a trabalhar, coisa que não acontece desde que Sarney foi eleito seu presidente.
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?
De Carlos Drumond de Andrade
terça-feira, 28 de julho de 2009
Momento de música - Parte I
A música abaixo é Melodies of Life, em versão orquestadra. A música é parte da trilha sonora de Final Fantasy, game que é um primor em relação às composições, principalmente aquelas feitas por Nobuo Uematsu.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
A mudança de ideologia do PT
Do Blog do Josias:
Sempre que uma ideologia sai de moda, o político recorre ao primeiro modelito prêt-à-porter disponível na prateleira das conveniências.
Para o PT, o patrocínio incondicional da ética tornou-se démodé. O chique agora é envergar o manto diáfano da “governabilidade”.
Numa fase em que camiseta de Che Guevara já não serve nem para seduzir a Ideli Salvatti, o repórter sai em socorro dos petistas.
Vão abaixo duas listas. Relacionam o que precisam fazer e o que devem evitar os petistas que desejam salvar o charme.
- O que o petista não precisa mais fazer:
1. Lembrar que Lula já chamou Sarney de ladrão.
2. Recordar as baixarias do Collor na eleição de 89.
3. Posar de torquemada em sessões de CPI.
4. Gritar ‘Fora, FMI’.
5. Ler Neruda.
6. Comer frango com a mão.
7. Beber cachaça.
- O que o neopetista não pode deixar de fazer:
1. Rezar por Sarney antes de dormir.
2. Admitir que foi injusto com o Collor.
3. Negociar com o Renan a tática anti-CPI.
4. Exaltar o socorro do Brasil ao FMI.
5. Ler Marimbondos de Fogo.
6. Aprender a manusear os talheres.
7. Folhear um bom guia de vinhos.
Sempre que uma ideologia sai de moda, o político recorre ao primeiro modelito prêt-à-porter disponível na prateleira das conveniências.
Para o PT, o patrocínio incondicional da ética tornou-se démodé. O chique agora é envergar o manto diáfano da “governabilidade”.
Numa fase em que camiseta de Che Guevara já não serve nem para seduzir a Ideli Salvatti, o repórter sai em socorro dos petistas.
Vão abaixo duas listas. Relacionam o que precisam fazer e o que devem evitar os petistas que desejam salvar o charme.
- O que o petista não precisa mais fazer:
1. Lembrar que Lula já chamou Sarney de ladrão.
2. Recordar as baixarias do Collor na eleição de 89.
3. Posar de torquemada em sessões de CPI.
4. Gritar ‘Fora, FMI’.
5. Ler Neruda.
6. Comer frango com a mão.
7. Beber cachaça.
- O que o neopetista não pode deixar de fazer:
1. Rezar por Sarney antes de dormir.
2. Admitir que foi injusto com o Collor.
3. Negociar com o Renan a tática anti-CPI.
4. Exaltar o socorro do Brasil ao FMI.
5. Ler Marimbondos de Fogo.
6. Aprender a manusear os talheres.
7. Folhear um bom guia de vinhos.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Cenas de Cinema - Parte 8
O Poderoso Chefão Parte III encerrou magistralmente a trilogia mais conceituada do cinema. Contudo, enquanto as partes anteriores eram impecáveis, a última parte pecou na escolha de Sophia Coppola, filha do Diretor Francis Ford Coppola, para um dos papéis centrais da trama. Foi até embaraçoso ver cenas com uma atuação brilhante de outros atores, como o Al Pacino, contracenando com ela, que estava muito fraca no papel. Este é o principal motivo alegado pelos críticos para o filme não ter sido bem recebido, pois de resto (roteiro, fotografia, arte, etc...) manteve o toque sublime dos anteriores.
A cena abaixo encerra a trilogia, com Michael Corleone encarando a morte da sua filha. Aqui fica nítido o constraste entre os atores Al Pacino e Sophia Coppola, nota 10 para aquele e 1 para esta. Ao fim temos a morte de Michael Corleone, concluindo esta belíssima trilogia.
A cena abaixo encerra a trilogia, com Michael Corleone encarando a morte da sua filha. Aqui fica nítido o constraste entre os atores Al Pacino e Sophia Coppola, nota 10 para aquele e 1 para esta. Ao fim temos a morte de Michael Corleone, concluindo esta belíssima trilogia.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Informações de saúde - Parte 4
A varíola é uma moléstia extinta desde 1974, tendo o último caso sido notificado na Somália. Contudo, devido a sua transmissibilidade rápida, letalidade razoável, inexistência de defesas em humanos e existência de cópias virais em laboratórios e a possibilidade de um vírus simiesco ocupar o nicho deixado livre pela varíola, coloca esta doença como de alto potencial bioterrista pela OMS e em situação de extrema vigilância para detecção de casos.
A varíola é uma doença conhecida há séculos, havendo ilustrações até em sarcófagos egípcios. É uma doença transmitida pelo vírus Poxvirus variolae, o maior vírus existente, sendo o único visualizável em microscopia óptica. Há vírus semelhantes que causam doença em macacos e que já causou doença similar à varíola em humanos no antigo Zaire.
A transmissão do vírus ocorre pelas vias respiratórias através de perdigotos infectados, havendo a entrada do vírus na mucosa respiratória e replicação local. A partir de então, atinge a circulação linfática e linfonodos, quando há uma nova replicação e atinge órgãos ricos em sistema retículo-endotelial (baço, fígado, medula óssea), onde há uma franca replicação, quando há, então, uma viremia que acarreta em sintomas pródromos, após cerca de 15 dias da entrada do vírus.
As manifestações clínicas dividem-se em toxemia e exantema. A toxemia, que dua de 3 a 4 dias, caracteriza-se, principalmente, por febre, cefaléia, dor e mal-estar geral, podendo ser antes ou durante o exantema. Este, que dura até 3 semanas, caracteriza-se por lesões proliferativas na pele que ocorrem nesta seqüência: mácula, pápula, vesicula, pústula, crosta e cicatriz, de distribuição centrífuga, com umbilicação central e nunca havendo lesões em estágios diferentes em um mesmo segmento (principal diferenciação com a varicela, ou catapora como conhecida popularmente).
Embora o principal órgão acometido seja a pele, onde pode deixar lesões cicatriciais permanentes, outros órgãos podem ser comprometidos, como pulmões, vias aéreas superiores, rins e testículos. As formas hemorrágicas, embora incomuns, provocam hemorragias severas e são altamente letais. No geral, a letalidade é de 20%. A forma com acometimento apenas da pele é denominada de varíola minor, já quando há hemorragias em órgãos internos é denominada de varíola major.
O diagnóstico é feito pela microscopia eletrônica, imunofluorescência, detecção de antígenos, sorologia, biópsia de lesões ou identificação viral. Os exames diagnósticos encontram-se em poder do CDC, que deve ser acionado em qualquer lugar do mundo em caso de suspeita clínica de varíola.
Não há tratamento específico, devendo-se focar no tratamento de sintomas, boa nutrição e profilaxia de infecções secundárias. Nos casos graves deve ser estabelecida respiração artificial. Recomenda-se internação em quarto com pressão de ar negativa, em todos os casos, por 14 dias, pelo menos. A transmissibilidade ocorre do início dos sintomas da toxemia até a formação de crostas nas lesões. Os profissionais de saúde devem usar máscaras N95
A profilaxia é feita por vacina, que é aplicada por via intramuscular e é constituída por vírus enfraquecido que acomete os bovinos, dando nestes a vacinia. Foi a primeira forma de imunização ativa descoberta, o que ocorreu no século XVIII por Jenner, que observou que indivíduos que tinham contatos com vacas acometidas por vacinia não desenvolviam varíola. A vacinação em massa contra a varíola foi o primeiro programa de imunização mundial bem sucedido liderado pela OMS em prol da extinção de uma doença. A vacinação foi interrompida em humanos ao fim da década de 1970, a fim de evitar a reversão vacinal e introdução de doença semelhante. Com isso, atualmente, apenas profissionais de saúde que trabalham com pesquisas laboratoriais envolvendo a manipulação do vírus da varíola que devem receber a vacinação.
O vírus da varíola, atualmente, é encontrado em dois laboratórios de segurança máxima (nível 4 de segurança) nos Estados Unidos (no CDC) e na Rússia, todos os demais países destruíram as amostras que possuíam. Este armazenamento é uma medida de segurança para que haja uma produção em massa de vacinas em caso de ressurgimento da doença, que pode ocorrer pela ocupação do nicho por vírus semelhantes que acometem outros animais e que poderiam acometer humanos após mutações, e também em caso de ter havido desvio de amostras virais na ex-URSS (ou dos próprios laboratórios em que são armazenados atualmente) e que sejam utilizadas em atos bioterroristas.
Como a população não está preparada sorologicamente para uma epidemia de varíola e nem os médicos atuais estão preparados para o reconhecimento rápidos de casos e há atualmente a AIDS, os efeitos de uma eventual epidemia seriam catastróficos, devido a letalidade de 20% (maior que a leptospirose e 50x maior que a nova gripe A, por exemplo) e a transmissibilidade equiparável a da gripe sazonal (que acomete mais de 500 milhões de pessoas por ano).
Fontes de consulta:
Principles and Practices of Infectious Diseases - Mandell
Tratado de Infectologia - Veronesi
A varíola é uma doença conhecida há séculos, havendo ilustrações até em sarcófagos egípcios. É uma doença transmitida pelo vírus Poxvirus variolae, o maior vírus existente, sendo o único visualizável em microscopia óptica. Há vírus semelhantes que causam doença em macacos e que já causou doença similar à varíola em humanos no antigo Zaire.
A transmissão do vírus ocorre pelas vias respiratórias através de perdigotos infectados, havendo a entrada do vírus na mucosa respiratória e replicação local. A partir de então, atinge a circulação linfática e linfonodos, quando há uma nova replicação e atinge órgãos ricos em sistema retículo-endotelial (baço, fígado, medula óssea), onde há uma franca replicação, quando há, então, uma viremia que acarreta em sintomas pródromos, após cerca de 15 dias da entrada do vírus.
As manifestações clínicas dividem-se em toxemia e exantema. A toxemia, que dua de 3 a 4 dias, caracteriza-se, principalmente, por febre, cefaléia, dor e mal-estar geral, podendo ser antes ou durante o exantema. Este, que dura até 3 semanas, caracteriza-se por lesões proliferativas na pele que ocorrem nesta seqüência: mácula, pápula, vesicula, pústula, crosta e cicatriz, de distribuição centrífuga, com umbilicação central e nunca havendo lesões em estágios diferentes em um mesmo segmento (principal diferenciação com a varicela, ou catapora como conhecida popularmente).
Embora o principal órgão acometido seja a pele, onde pode deixar lesões cicatriciais permanentes, outros órgãos podem ser comprometidos, como pulmões, vias aéreas superiores, rins e testículos. As formas hemorrágicas, embora incomuns, provocam hemorragias severas e são altamente letais. No geral, a letalidade é de 20%. A forma com acometimento apenas da pele é denominada de varíola minor, já quando há hemorragias em órgãos internos é denominada de varíola major.
O diagnóstico é feito pela microscopia eletrônica, imunofluorescência, detecção de antígenos, sorologia, biópsia de lesões ou identificação viral. Os exames diagnósticos encontram-se em poder do CDC, que deve ser acionado em qualquer lugar do mundo em caso de suspeita clínica de varíola.
Não há tratamento específico, devendo-se focar no tratamento de sintomas, boa nutrição e profilaxia de infecções secundárias. Nos casos graves deve ser estabelecida respiração artificial. Recomenda-se internação em quarto com pressão de ar negativa, em todos os casos, por 14 dias, pelo menos. A transmissibilidade ocorre do início dos sintomas da toxemia até a formação de crostas nas lesões. Os profissionais de saúde devem usar máscaras N95
A profilaxia é feita por vacina, que é aplicada por via intramuscular e é constituída por vírus enfraquecido que acomete os bovinos, dando nestes a vacinia. Foi a primeira forma de imunização ativa descoberta, o que ocorreu no século XVIII por Jenner, que observou que indivíduos que tinham contatos com vacas acometidas por vacinia não desenvolviam varíola. A vacinação em massa contra a varíola foi o primeiro programa de imunização mundial bem sucedido liderado pela OMS em prol da extinção de uma doença. A vacinação foi interrompida em humanos ao fim da década de 1970, a fim de evitar a reversão vacinal e introdução de doença semelhante. Com isso, atualmente, apenas profissionais de saúde que trabalham com pesquisas laboratoriais envolvendo a manipulação do vírus da varíola que devem receber a vacinação.
O vírus da varíola, atualmente, é encontrado em dois laboratórios de segurança máxima (nível 4 de segurança) nos Estados Unidos (no CDC) e na Rússia, todos os demais países destruíram as amostras que possuíam. Este armazenamento é uma medida de segurança para que haja uma produção em massa de vacinas em caso de ressurgimento da doença, que pode ocorrer pela ocupação do nicho por vírus semelhantes que acometem outros animais e que poderiam acometer humanos após mutações, e também em caso de ter havido desvio de amostras virais na ex-URSS (ou dos próprios laboratórios em que são armazenados atualmente) e que sejam utilizadas em atos bioterroristas.
Como a população não está preparada sorologicamente para uma epidemia de varíola e nem os médicos atuais estão preparados para o reconhecimento rápidos de casos e há atualmente a AIDS, os efeitos de uma eventual epidemia seriam catastróficos, devido a letalidade de 20% (maior que a leptospirose e 50x maior que a nova gripe A, por exemplo) e a transmissibilidade equiparável a da gripe sazonal (que acomete mais de 500 milhões de pessoas por ano).
Fontes de consulta:
Principles and Practices of Infectious Diseases - Mandell
Tratado de Infectologia - Veronesi
terça-feira, 14 de julho de 2009
Informações de saúde - Parte 3
O melanoma é um tumor maligno originado dos melanócitos, células que se encontram na camada basal da epiderme, responsáveis pela produção de melanina, pigmento que protege as células basais, as quais dão origem a queratinócitos, contra a ação nociva dos raios ultra-violetas.
O melanoma é um câncer de baixa incidência, havendo cerca de 5 mil casos anuais no Brasil. Contudo, é um dos cânceres mais letais que existem, ao lado do câncer de pulmão, devido ao diagnóstico tardio e sua progressão rápida, sendo a patologia mais temida da dermatologia. Até 5 anos após do diagnóstico 96% dos indivíduos diagnosticados vão a óbito.
É um câncer raríssimo em pessoas de raça negra, possuindo igual distribuição entre os sexos, sendo mais comum após a adolescência. Há fatores pré-disponentes para seu aparecimento, tais como: a exposição à irradiação solar, repetidos traumatismos, genética e infecção por vírus.
A localização mais freqüente da lesão primária é em cabeça e tronco, sendo que nem sempre pode-se determinar o sítio primário, podendo ocorrer em pele sã ou previamente lesionada e, muito raramente, em outros órgãos que não a pele. Os sítios mais comuns de metástase são: pulmões, sistema nervoso central, fígado e ossos. Pode ocorrer metástases até 18 anos depois da retirada da lesão primária.
O diagnóstico inicia-se pelo exame da lesão, observando-se o aparecimento de manchas ou nódulos de crescimento rápido. Segue-se, então, a regra do ABCDE, indicadora de malignidade da lesão, onde deve-se pesquisar: a Assimetria da lesão, Bordas irregulares e denteadas, variação de Cor (geralmente escura), Diâmetro maior que 0,6cm e Elevação da lesão e Espessura. Outras alterações que podem indicar malignização de lesão pré-existente são: prurido, alterações de pigmentação e tamanho, inflamação, ulceração e sangramento. O sinal de Hutchinson (mancha negra em leito ungueal) é também indicador de malignidade.
O estudo histopatológico feito por patologista experiente é essencial para fechar o diagnóstico e realizar o estadiamento da lesão, importantístimo pois, conforme o estadiamento, muda-se a conduta terapêutica e o prognóstico. Outros exames complementares são importantes, a depender do estadiamento, para determinação de metástases, tais como: raio X de tórax, ultrassonografia abdominal, cintilografia óssea, ressonância magnética, PETScan, dentre outros.
O diagnóstico diferencial é vasto, incluindo nevos pigmentados, ceratose seborreica, basalioma pigmentado, granuloma piogênico, dentre outros.
A terapêutica principal é a excisão do tumor. Contudo, a depender do estadiamento, deve-se realizar a retirada de linfonodos, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e interferon.
O prognóstico em geral é ruim, devido ao diagnóstico tardio, variando, em médica, de 2% e 30% de sobrevida em 5 anos. Contudo, as chances de cura são próximas a 100% quando o diagnóstico é feito em lesões in situ.
Dentre os cânceres malignos é tido como aquele em que os óbitos decorrentes podem ser todos evitados, bastando, para tal, uma consulta médica anual e treinamento de médicos para o diagnóstico precoce, quando as chances de cura são de 100%. Infelizmente, isto não acontece e, como dito, 96% dos pacientes diagnosticados com melanoma vão a óbito.
O melanoma é um câncer de baixa incidência, havendo cerca de 5 mil casos anuais no Brasil. Contudo, é um dos cânceres mais letais que existem, ao lado do câncer de pulmão, devido ao diagnóstico tardio e sua progressão rápida, sendo a patologia mais temida da dermatologia. Até 5 anos após do diagnóstico 96% dos indivíduos diagnosticados vão a óbito.
É um câncer raríssimo em pessoas de raça negra, possuindo igual distribuição entre os sexos, sendo mais comum após a adolescência. Há fatores pré-disponentes para seu aparecimento, tais como: a exposição à irradiação solar, repetidos traumatismos, genética e infecção por vírus.
A localização mais freqüente da lesão primária é em cabeça e tronco, sendo que nem sempre pode-se determinar o sítio primário, podendo ocorrer em pele sã ou previamente lesionada e, muito raramente, em outros órgãos que não a pele. Os sítios mais comuns de metástase são: pulmões, sistema nervoso central, fígado e ossos. Pode ocorrer metástases até 18 anos depois da retirada da lesão primária.
O diagnóstico inicia-se pelo exame da lesão, observando-se o aparecimento de manchas ou nódulos de crescimento rápido. Segue-se, então, a regra do ABCDE, indicadora de malignidade da lesão, onde deve-se pesquisar: a Assimetria da lesão, Bordas irregulares e denteadas, variação de Cor (geralmente escura), Diâmetro maior que 0,6cm e Elevação da lesão e Espessura. Outras alterações que podem indicar malignização de lesão pré-existente são: prurido, alterações de pigmentação e tamanho, inflamação, ulceração e sangramento. O sinal de Hutchinson (mancha negra em leito ungueal) é também indicador de malignidade.
O estudo histopatológico feito por patologista experiente é essencial para fechar o diagnóstico e realizar o estadiamento da lesão, importantístimo pois, conforme o estadiamento, muda-se a conduta terapêutica e o prognóstico. Outros exames complementares são importantes, a depender do estadiamento, para determinação de metástases, tais como: raio X de tórax, ultrassonografia abdominal, cintilografia óssea, ressonância magnética, PETScan, dentre outros.
O diagnóstico diferencial é vasto, incluindo nevos pigmentados, ceratose seborreica, basalioma pigmentado, granuloma piogênico, dentre outros.
A terapêutica principal é a excisão do tumor. Contudo, a depender do estadiamento, deve-se realizar a retirada de linfonodos, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e interferon.
O prognóstico em geral é ruim, devido ao diagnóstico tardio, variando, em médica, de 2% e 30% de sobrevida em 5 anos. Contudo, as chances de cura são próximas a 100% quando o diagnóstico é feito em lesões in situ.
Dentre os cânceres malignos é tido como aquele em que os óbitos decorrentes podem ser todos evitados, bastando, para tal, uma consulta médica anual e treinamento de médicos para o diagnóstico precoce, quando as chances de cura são de 100%. Infelizmente, isto não acontece e, como dito, 96% dos pacientes diagnosticados com melanoma vão a óbito.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Cenas de Cinema - Parte 7
A cena de hoje é do filme O Poderoso Chefão - Parte II. Este filme é uma das poucas seqüências que superam o original, inclusive em premiaçõe, recebendo 6 Oscar, sendo a única seqüência que repetiu o feito do original e recebeu o prêmio de melhor filme.
Na cena abaixo, Michael (Al Pacino) extermina com aqueles que traíram a família, inclusive seu irmão Fredo. Após, há uma seqüência em flashback em que os 3 irmãos Corleone estão sentados em uma mesa conversando.
Na cena abaixo, Michael (Al Pacino) extermina com aqueles que traíram a família, inclusive seu irmão Fredo. Após, há uma seqüência em flashback em que os 3 irmãos Corleone estão sentados em uma mesa conversando.
domingo, 12 de julho de 2009
Cenas de Cinema - Parte 6
A cena abaixo é do filme Os Bons Companheiros, de Martin Scorcese. Rodado em 1990 é considerado por muitos a obra prima do Diretor. Nesta cena, é demonstrada o funcionamento agressivo da organização criminosa de Jimmy (Robert De Niro). Destaque para a trilha sonora ao fundo com a música Layla de Eric Clapton.
sábado, 11 de julho de 2009
Informações de saúde - Parte 2
O HPV é a sigla para papiloma vírus humano, sendo uma designação que engloba mais de 70 tipos de vírus de DNA. Há 6 tipos do vírus que possuem potencial oncogênico (6,11,16,18,34,35), podendo levar ao desenvolvimento de neoplasias.
O HPV é um vírus que pode ser transmitido pelo contato íntimo entre indivíduos, incluindo o sexo, ou por escamas que contenham o vírus.Pode haver auto-inoculação. É essencial uma dissolução de continuidade prévia do tecido para a inoculação do HPV.
O vírus possui como alvo de infecção o epitélio de superfície, levando a lesões proliferativas de epitélios estratificados devido a replicação nas camadas suprabasais. As lesões podem sem divididas em cutâneas e extracutâneas. As lesões cutâneas são denominadas de verrugas, que podem atingir qualquer parte da pele, genitais e ânus, já as extracutâneas podem acometer a boca, nariz, conjuntivas, laringe e cérvice uterina.
A verruga genital e as verrugas do cérvice são de transmissão essencialmente sexual. A verruga genital é denominada também de condiloma acuminado e possui aspecto de couve flor, sendo úmida, atingindo ambos os sexos. As verrugas do cérvice de longa duração (mais de 5 anos) possuem estreita relação com carcinoma epidermóide da cérvice uterina.
O diagnóstico das lesões cutâneas é essencialmente clínica. Já as lesões extra-cutâneas demandam a realização de biópsia para a confirmação diagnóstica. No caso das verrugas do cérvice, podem ser rastreadas pelas realização de exame colpooncocitológico anual (Papanicolau), que, ao indicar alterações, leva a realização de colposcopia e biópsia de áreas suspeitas ao teste de Schiller.
O tratamento depende muito da escolha individual do profissional e do local afetado. Há uma gama de opções como citostásticos, imunomoduladores, cáusticos, crioterapia com nitrogênio líquido, terapia a laser com CO2, eletrocirurgia, cirurgia, dentre outros. Deve ser feito, preferencialmente, por dermatologista, ginecologista, urologista ou proctologista, dependendo da região afetada.
Atualmente para a prevenção está disponível uma vacina quadrivalente contra os tipos 6,11,16 e 18, responsáveis por até 80% dos cânceres de colo uterino, que é um dos 3 tipos de neoplasias malignas que mais levam as brasileiras a óbito. A aplicação da vacina é feita em 3 doses, sendo disponível apenas em clínicas particulares e indicada em jovens do sexo feminino após os 9 anos de idade e, de extrema preferência, antes do início da vida sexual. Desconhece-se, no momento, o efeito protetor da vacina após 5 anos de aplicação.
A prevenção é a utilização de preservativos nas relações sexuais, A consulta ginecológica anual é de extrema importância para detecção precoce de lesões pré-cancerígenas ou câncer em estágio inicial, pois a neoplasia de colo uterino só apresenta sintomatologia em estágios avançados.
O HPV é um vírus que pode ser transmitido pelo contato íntimo entre indivíduos, incluindo o sexo, ou por escamas que contenham o vírus.Pode haver auto-inoculação. É essencial uma dissolução de continuidade prévia do tecido para a inoculação do HPV.
O vírus possui como alvo de infecção o epitélio de superfície, levando a lesões proliferativas de epitélios estratificados devido a replicação nas camadas suprabasais. As lesões podem sem divididas em cutâneas e extracutâneas. As lesões cutâneas são denominadas de verrugas, que podem atingir qualquer parte da pele, genitais e ânus, já as extracutâneas podem acometer a boca, nariz, conjuntivas, laringe e cérvice uterina.
A verruga genital e as verrugas do cérvice são de transmissão essencialmente sexual. A verruga genital é denominada também de condiloma acuminado e possui aspecto de couve flor, sendo úmida, atingindo ambos os sexos. As verrugas do cérvice de longa duração (mais de 5 anos) possuem estreita relação com carcinoma epidermóide da cérvice uterina.
O diagnóstico das lesões cutâneas é essencialmente clínica. Já as lesões extra-cutâneas demandam a realização de biópsia para a confirmação diagnóstica. No caso das verrugas do cérvice, podem ser rastreadas pelas realização de exame colpooncocitológico anual (Papanicolau), que, ao indicar alterações, leva a realização de colposcopia e biópsia de áreas suspeitas ao teste de Schiller.
O tratamento depende muito da escolha individual do profissional e do local afetado. Há uma gama de opções como citostásticos, imunomoduladores, cáusticos, crioterapia com nitrogênio líquido, terapia a laser com CO2, eletrocirurgia, cirurgia, dentre outros. Deve ser feito, preferencialmente, por dermatologista, ginecologista, urologista ou proctologista, dependendo da região afetada.
Atualmente para a prevenção está disponível uma vacina quadrivalente contra os tipos 6,11,16 e 18, responsáveis por até 80% dos cânceres de colo uterino, que é um dos 3 tipos de neoplasias malignas que mais levam as brasileiras a óbito. A aplicação da vacina é feita em 3 doses, sendo disponível apenas em clínicas particulares e indicada em jovens do sexo feminino após os 9 anos de idade e, de extrema preferência, antes do início da vida sexual. Desconhece-se, no momento, o efeito protetor da vacina após 5 anos de aplicação.
A prevenção é a utilização de preservativos nas relações sexuais, A consulta ginecológica anual é de extrema importância para detecção precoce de lesões pré-cancerígenas ou câncer em estágio inicial, pois a neoplasia de colo uterino só apresenta sintomatologia em estágios avançados.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Cenas de Cinema - Parte 5
A cena abaixo é do filme V de Vingança, baseado na HQ homônima de Alan Moore. O filme foi bem recebido pela crítica, mas a HQ é muito melhor e é considerada por muitos como a melhor de todos os tempos ao lado de Watchmen. Então a homenagem vai mais pela obra literária. A HQ, lançada na década de 1980, que revolucionou o ramo, conta a história de uma Inglaterra futurística oprimida pelo totalitarismo, a moldes semelhantes de 1984 de George Orwell.
O personagem principal é um mascarado que luta pelo fim do sistema totalitário, a máscara é em homenagem a Guy Fawkes, que planejou explodir o palácio de Westminster, sede do Parlamento britânico, no século 17. Na cena abaixo, V consegue explodir o palácio no dia 5 de Novembro, feriado de Guy Fawkes, e abre as portas para um novo sistema nesta Inglaterra fictícia. Destaque para a trilha de Tchaikovsk, com a música clássica Overture 1812.
O personagem principal é um mascarado que luta pelo fim do sistema totalitário, a máscara é em homenagem a Guy Fawkes, que planejou explodir o palácio de Westminster, sede do Parlamento britânico, no século 17. Na cena abaixo, V consegue explodir o palácio no dia 5 de Novembro, feriado de Guy Fawkes, e abre as portas para um novo sistema nesta Inglaterra fictícia. Destaque para a trilha de Tchaikovsk, com a música clássica Overture 1812.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Cenas de Cinema - Parte 4
A cena abaixo é do filme Ben-Hur. Nela, o personagem de homônimo (interpretado por Charlton Heston) conduz uma carroça em uma competição que lhe poderia custar a vida, em troca de fama e liberdade, para poder colocar em ação sua vingança contra o amigo que lhe traiu e o colocou para ser escravizado pelo Império Romano.
O filme é um clássico do cinema, vencedor de 11 Oscar, o maior premiado da história. A grandiosidade da cena, sua direção, edição e arte são majestosas até para os dias atuais, ainda mais ao se pensar que não houve qualquer efeito computacional, já que foi rodada em 1959.
O filme é um clássico do cinema, vencedor de 11 Oscar, o maior premiado da história. A grandiosidade da cena, sua direção, edição e arte são majestosas até para os dias atuais, ainda mais ao se pensar que não houve qualquer efeito computacional, já que foi rodada em 1959.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Informações de saúde - Parte 1
Pretendo trazer aqui informações sobre doenças e práticas saudáveis, na medida que os meus conhecimentos permitem. Para começar, falarei sobre DSTs, trazendo história, epidemiologia, dentre outros. Para iniciar, escolherei o HIV/AIDS, devido a relevância epidemiológica e também a confusão que muitos possuem acerca do tema.
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) foi descoberto na década de 1980, por pesquisadores franceses e norte-americanos, mas alguns estudos demonstram que o vírus já circula desde a década de 1960 e, talvez, até mesmo 1950. Acredita-se que o vírus que afeta humanos seja uma mutação de um que afetava o sistema imunológico de símios africanos e que foi transmitido de alguma forma para humanos, seja por ingestão de carne, contato com sangue do animal ou até mesmo por práticas zoofílicas.
Assim, uma vez presente em humanos, o vírus foi sendo transmitido por tribos africanas e outros habitantes do continente, até que atingiu prostitutas e michês locais que, ao terem contato com turistas, transmitiram o vírus para norte-americanos, os quais ao voltarem para os Estados Unidos começaram com a cadeia de transmissão epidemiológica no país, ganhando notoriedade a infecção de homens que mantinham sexo com homens em São Francisco.
A suspeita de uma nova doença só foi possível graças aos excelentes serviços do CDC (Center of Diseases Control) que detectou uma série de doenças raras até então relacionadas a estágios extremos de imunodepressão (como em transplantados, portadores de cânceres e doenças genéticas), dentre elas o Sarcoma de Kaposi, em número maior do que o previsto e afetando essencialmente homens que faziam sexo com homens em um mesmo bairro de São Francisco. Então, o CDC em 1981 caracterizou a nova doença como a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana, na sigla em inglês), sendo de transmissão por via sexual e, até então, restrita a homossexuais ou bissexuais, sendo que o agente biológico responsável pela doença era até então desconhecido. Somente em 1983 descobriu-se que a doença era conseqüência da infecção por um novo vírus, que passou a ser denominado por HIV. Foi então que começou a surgir também novos casos, em mulheres, homens heterossexuais e em indivíduos que realizaram hemotransfusão.
O HIV é transmitido pela via sexual através de secreções vaginais e sêmen, além de contato com sangue infectado em mucosas (olhos, boca, genitais), via vertical, por leite materno e via parenteral (transfusão sangüínea, compartilhamento de seringas com sangue infectado e acidentes biológicos). O contato com saliva, lágrimas, suor não transmite o vírus, exceto se houver sangue no líquido. As chances de um homem transmitir para uma mulher através da relação sexual são exatamente as mesmas que o contrário, sendo maiores as chances no coito anal e menores no oral. A transfusão sangüínea é o meio mais eficaz de transmissão do vírus, mas graças aos testes sensíveis dos bancos de sangue praticamente não há mais casos relacionados a esta forma de contágio.
Após a infecção o vírus se aloja em linfonodos locais, como na região inguinal no caso da transmissão sexual, e replica-se, havendo, então, uma viremia dentro de 7 a 28 dias após a infecção, o que pode levar a síndrome retroviral aguda, que pode apresentar uma ou várias das seguintes manifestações: gânglios aumentados e indolores, febre, prostração, falta de apetite, dor na garganta, aftas, diarréia e, raramente, candidíase oral, pneumonia e exantema. Esta fase pode durar de 2 a 6 semanas, desaparecendo espontamente.
De 14 a 60 dias, em média, há o aparecimento de anticorpos contra o vírus, o que é denominado de soroconversão, que é detectada pelos exames sorológicos, sendo o portador destes anticorpos denominado de soropositivo para o HIV.
Após a síndrome retroviral aguda o indivíduo entra em um estágio de portador latente. Durante esta fase, o HIV habita linfonodos, principalmente cervicais, o que pode levar uma linfadenopatia regional persistente, único sintoma mais comum de aparecer nesta fase (raramente febre pode ocorrer). Durante esta fase há uma briga persistente entre o HIV e a defesa celular do indivíduo, o que resultará, entre 4 a 10 anos após a infecção, em uma destruição exacerbada de células CD 4 (Linfócitos T Helper), que leva a uma imunodepressão severa.
Quando o número de células CD 4 ficar abaixo de 200 células por mm3 de sangue ou quando houver o aparecimento de doenças caracterizadoras é diagnosticada a AIDS. A partir deste momento, então, o indivíduo deverá fazer uso indefinidamente o coquetel anti-retroviral (terapia HAART). A administração de anti-retrovirais também é indicada, fora desta fase, em grávidas e profissionais de saúde que se acidentaram com material biológico potencialmente ou sabidamente infectado pelo HIV.
Assim, a AIDS é uma doença desenvolvida a partir da infecção de HIV, a qual ocorre de 4 a 10 anos após a infecção pelo vírus. Inclusive, em raros casos, presentes principalmente no continente africano, indivíduos portadores de um gene modificado para co-receptores de CD4 apesar de se infectarem pelo HIV nunca irão manifestar a AIDS, pois o vírus não é capaz de entrar na célula de defesa e destruí-la. O estudo destes indivíduos, inclusive, levou ao desenvolvimento de uma nova droga, o maraviroc, que foi recentemente aprovado pelo FDA e é uma alternativa para casos de resistência viral
Há 2 tipos de vírus HIV, o HIV-1 e o HIV-2, sendo o primeiro amplamente mais comum. O HIV vive, em média, 90 minutos fora do organismo humano.
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito pelo teste ELISA em uma amostra de sangue, devendo ser confirmado pela realização do Western-Blot em uma nova amostra, a fim de evitar reações cruzadas que raramente podem ocorrer e a troca de amostra. Pelas técnicas atuais, o resultado é extremamente confiável após 60 dias do contato de risco. O teste pode ser feito gratuitamente no Brasil em Centros de Testagem Anônima (CTA) e demora cerca de 5 dias para sair o resultado. Pode ser realizada também a testagem rápida em ELISA (resultado em até 1 hora) em laboratórios particulares, em emergências médicas quando se suspeita de síndrome retroviral aguda e em CTA quando se acredita que o paciente não voltará para buscar o resultado.
Uma vez diagnosticado como portador de HIV, o paciente deve ser acompanhado por médico especialista em Infectologia para a realização semestral ou trimestral de exames, que ditarão a conduta médica em relação ao início da terapia antiretroviral e profilaxia de doenças oportunistas, que aumentam em muito a sobrevida do paciente em relação àqueles que não fazem uso (hoje pode-se viver mais de 20 anos após a infecção pelo HIV contra menos de 8 anos antes da terapia HAART).
A prevenção é feita pelo uso de preservativos em todas as relações sexuais, inclusive o sexo oral, evitar o uso de seringas compartilhadas e o não-aleitamento materno por mulheres sabidamente infectadas. Há também profilaxias possíveis na gestação e após acidentes biológicos. Acredita-se atualmente que a postectomia é altamente eficaz na prevenção do contágio para o homem.
A epidemiologia atual do vírus demonstra cerca de 35 milhões de infectados e 2 milhões de mortes anuais em todo o mundo, sendo que a África é responsável por 2/3 dos casos. A América Latina é a 3a região mais afetada no mundo, tendo o Brasil como maior responsável pelos casos, com cerca de 600 mil indivíduos infectados no país. No Brasil, há uma tendência a maior incidência e prevalência em mulheres, inclusive entre os 18 e 24 anos já há maior número de mulheres infectadas do que homens, além do aumento em indivíduos acima dos 60 anos.
O Brasil é reconhecido mundialmente por sua política pública de distribuição gratuita de preservativos, seringas descartáveis e da terapia anti-retroviral, política iniciada na gestão FHC, sob o comando do então Ministro da Saúde, José Serra.
Pesquisas acerca do desenvolvimento de vacinas, embora sejam sempre uma esperança para um dia acabar com a transmissão do vírus, como foi extinta a varíola e para tal caminha a poliomielite, ainda engatinham e os estudos mais avançados, infelizmente, fracassaram. Há uma gama de novos medicamentos que são utilizados conforme a resistência do vírus à terapia tradicional. Há também estudos em vigor para o desenvolvimento de novas classes de drogas para o controle da AIDS, que passou a ser uma condição crônica como o diabetes e a hipertensão. Mas, por enquanto, a cura não está perto de ser alcançada e a melhor forma para evitar o HIV (e a AIDS) é a conscientização e prevenção!
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) foi descoberto na década de 1980, por pesquisadores franceses e norte-americanos, mas alguns estudos demonstram que o vírus já circula desde a década de 1960 e, talvez, até mesmo 1950. Acredita-se que o vírus que afeta humanos seja uma mutação de um que afetava o sistema imunológico de símios africanos e que foi transmitido de alguma forma para humanos, seja por ingestão de carne, contato com sangue do animal ou até mesmo por práticas zoofílicas.
Assim, uma vez presente em humanos, o vírus foi sendo transmitido por tribos africanas e outros habitantes do continente, até que atingiu prostitutas e michês locais que, ao terem contato com turistas, transmitiram o vírus para norte-americanos, os quais ao voltarem para os Estados Unidos começaram com a cadeia de transmissão epidemiológica no país, ganhando notoriedade a infecção de homens que mantinham sexo com homens em São Francisco.
A suspeita de uma nova doença só foi possível graças aos excelentes serviços do CDC (Center of Diseases Control) que detectou uma série de doenças raras até então relacionadas a estágios extremos de imunodepressão (como em transplantados, portadores de cânceres e doenças genéticas), dentre elas o Sarcoma de Kaposi, em número maior do que o previsto e afetando essencialmente homens que faziam sexo com homens em um mesmo bairro de São Francisco. Então, o CDC em 1981 caracterizou a nova doença como a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana, na sigla em inglês), sendo de transmissão por via sexual e, até então, restrita a homossexuais ou bissexuais, sendo que o agente biológico responsável pela doença era até então desconhecido. Somente em 1983 descobriu-se que a doença era conseqüência da infecção por um novo vírus, que passou a ser denominado por HIV. Foi então que começou a surgir também novos casos, em mulheres, homens heterossexuais e em indivíduos que realizaram hemotransfusão.
O HIV é transmitido pela via sexual através de secreções vaginais e sêmen, além de contato com sangue infectado em mucosas (olhos, boca, genitais), via vertical, por leite materno e via parenteral (transfusão sangüínea, compartilhamento de seringas com sangue infectado e acidentes biológicos). O contato com saliva, lágrimas, suor não transmite o vírus, exceto se houver sangue no líquido. As chances de um homem transmitir para uma mulher através da relação sexual são exatamente as mesmas que o contrário, sendo maiores as chances no coito anal e menores no oral. A transfusão sangüínea é o meio mais eficaz de transmissão do vírus, mas graças aos testes sensíveis dos bancos de sangue praticamente não há mais casos relacionados a esta forma de contágio.
Após a infecção o vírus se aloja em linfonodos locais, como na região inguinal no caso da transmissão sexual, e replica-se, havendo, então, uma viremia dentro de 7 a 28 dias após a infecção, o que pode levar a síndrome retroviral aguda, que pode apresentar uma ou várias das seguintes manifestações: gânglios aumentados e indolores, febre, prostração, falta de apetite, dor na garganta, aftas, diarréia e, raramente, candidíase oral, pneumonia e exantema. Esta fase pode durar de 2 a 6 semanas, desaparecendo espontamente.
De 14 a 60 dias, em média, há o aparecimento de anticorpos contra o vírus, o que é denominado de soroconversão, que é detectada pelos exames sorológicos, sendo o portador destes anticorpos denominado de soropositivo para o HIV.
Após a síndrome retroviral aguda o indivíduo entra em um estágio de portador latente. Durante esta fase, o HIV habita linfonodos, principalmente cervicais, o que pode levar uma linfadenopatia regional persistente, único sintoma mais comum de aparecer nesta fase (raramente febre pode ocorrer). Durante esta fase há uma briga persistente entre o HIV e a defesa celular do indivíduo, o que resultará, entre 4 a 10 anos após a infecção, em uma destruição exacerbada de células CD 4 (Linfócitos T Helper), que leva a uma imunodepressão severa.
Quando o número de células CD 4 ficar abaixo de 200 células por mm3 de sangue ou quando houver o aparecimento de doenças caracterizadoras é diagnosticada a AIDS. A partir deste momento, então, o indivíduo deverá fazer uso indefinidamente o coquetel anti-retroviral (terapia HAART). A administração de anti-retrovirais também é indicada, fora desta fase, em grávidas e profissionais de saúde que se acidentaram com material biológico potencialmente ou sabidamente infectado pelo HIV.
Assim, a AIDS é uma doença desenvolvida a partir da infecção de HIV, a qual ocorre de 4 a 10 anos após a infecção pelo vírus. Inclusive, em raros casos, presentes principalmente no continente africano, indivíduos portadores de um gene modificado para co-receptores de CD4 apesar de se infectarem pelo HIV nunca irão manifestar a AIDS, pois o vírus não é capaz de entrar na célula de defesa e destruí-la. O estudo destes indivíduos, inclusive, levou ao desenvolvimento de uma nova droga, o maraviroc, que foi recentemente aprovado pelo FDA e é uma alternativa para casos de resistência viral
Há 2 tipos de vírus HIV, o HIV-1 e o HIV-2, sendo o primeiro amplamente mais comum. O HIV vive, em média, 90 minutos fora do organismo humano.
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito pelo teste ELISA em uma amostra de sangue, devendo ser confirmado pela realização do Western-Blot em uma nova amostra, a fim de evitar reações cruzadas que raramente podem ocorrer e a troca de amostra. Pelas técnicas atuais, o resultado é extremamente confiável após 60 dias do contato de risco. O teste pode ser feito gratuitamente no Brasil em Centros de Testagem Anônima (CTA) e demora cerca de 5 dias para sair o resultado. Pode ser realizada também a testagem rápida em ELISA (resultado em até 1 hora) em laboratórios particulares, em emergências médicas quando se suspeita de síndrome retroviral aguda e em CTA quando se acredita que o paciente não voltará para buscar o resultado.
Uma vez diagnosticado como portador de HIV, o paciente deve ser acompanhado por médico especialista em Infectologia para a realização semestral ou trimestral de exames, que ditarão a conduta médica em relação ao início da terapia antiretroviral e profilaxia de doenças oportunistas, que aumentam em muito a sobrevida do paciente em relação àqueles que não fazem uso (hoje pode-se viver mais de 20 anos após a infecção pelo HIV contra menos de 8 anos antes da terapia HAART).
A prevenção é feita pelo uso de preservativos em todas as relações sexuais, inclusive o sexo oral, evitar o uso de seringas compartilhadas e o não-aleitamento materno por mulheres sabidamente infectadas. Há também profilaxias possíveis na gestação e após acidentes biológicos. Acredita-se atualmente que a postectomia é altamente eficaz na prevenção do contágio para o homem.
A epidemiologia atual do vírus demonstra cerca de 35 milhões de infectados e 2 milhões de mortes anuais em todo o mundo, sendo que a África é responsável por 2/3 dos casos. A América Latina é a 3a região mais afetada no mundo, tendo o Brasil como maior responsável pelos casos, com cerca de 600 mil indivíduos infectados no país. No Brasil, há uma tendência a maior incidência e prevalência em mulheres, inclusive entre os 18 e 24 anos já há maior número de mulheres infectadas do que homens, além do aumento em indivíduos acima dos 60 anos.
O Brasil é reconhecido mundialmente por sua política pública de distribuição gratuita de preservativos, seringas descartáveis e da terapia anti-retroviral, política iniciada na gestão FHC, sob o comando do então Ministro da Saúde, José Serra.
Pesquisas acerca do desenvolvimento de vacinas, embora sejam sempre uma esperança para um dia acabar com a transmissão do vírus, como foi extinta a varíola e para tal caminha a poliomielite, ainda engatinham e os estudos mais avançados, infelizmente, fracassaram. Há uma gama de novos medicamentos que são utilizados conforme a resistência do vírus à terapia tradicional. Há também estudos em vigor para o desenvolvimento de novas classes de drogas para o controle da AIDS, que passou a ser uma condição crônica como o diabetes e a hipertensão. Mas, por enquanto, a cura não está perto de ser alcançada e a melhor forma para evitar o HIV (e a AIDS) é a conscientização e prevenção!
Cenas de Cinema - Parte 3
A cena abaixo é do filme O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola, que consagrou o Diretor. Nela, Michael Corleone (Al Pacino), chefe da família Corleone, batiza o seu filho enquanto está ocorrendo uma magnífica ação para aniquilar todos os chefes das demais famílias mafiosas que comandavam Nova Iorque junto com os Corleone. Assim, efetuado o plano, Michael se torna O Poderoso Chefão. A edição dos acontecimentos é magnífica.
O clássico levou 3 Oscar em 1973, incluindo melhor filme.
O clássico levou 3 Oscar em 1973, incluindo melhor filme.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Que se faça a justiça
É incrível como após pouco menos de 7 anos o Brasil mudou do vinho para a água podre em termos de figura presidencial.
Hoje temos no comando da República um apedeuta distribuidor de esmolas para a população pobre, sem visão de futuro, que pisa nas instituições e que baseia seu governo na sua figura paternalista, no melhor estilo populista e que só não institui o Chavismo por aqui devido a estabilidade das instituições, sobretudo o Judiciário que, pelo menos por enquanto, não é um serviçal do Executivo.
Já, por outro lado, há 7 anos atrás tínhamos um verdadeiro estadista, com uma ampla visão de futuro, que reconstruiu ou fortaleceu nossas instituições democráticas, que inexistiram por mais de 20 anos e fracamente se ergueram na Nova República e durante o mandato de Collor e Itamar, aquele por não ter perfil de estadista e ter fraca maioria no Congresso - que levaria ao seu impedimento - e este por ter sido um presidente-tampão, embora um bom presidente, que foi o responsável por dar liberdade ao Fernando Henrique Cardoso para instituir o Plano Real. Aliás, nossa moeda completa hoje 15 anos e é a maior conquista do Brasil desde a redemocratização.
Enquanto Lula transborda vaidade, grosseria, orgulho e, frequentemente, ignorância, FHC é uma figura não personalista, não vaidosa, que valorizou as instituições, as alianças progressitas com verdadeira ideologias, ao contrário do governante atual, que valoriza uma franca maioria fisiologista, berço para os escândalos que aí nos deparamos.
Também deve-se destacar a diferença de estilos de ambos em se portar ao público. Lula parece que está falando a uma massa de ignorantes sempre que se dirige ao público, seu tom de voz, suas palavras, sua oratória, dá prurido nos que tem um pouco mais de massa cefálica. É quase uma tortura ter de aturar um discurso dele por mais que alguns minutos. Já FHC, por sua história catedrática, dá prazer em ver e ouvir, é um mestre da explanação, no raciocínio. É prazeroso ver um discurso de FHC, mesmo que dure horas.
Ademais, é incrível ver também como o povo brasileiro não sabe julgar certos atos ou deles se esquecem.
Fernando Henrique Cardoso é, infelizmente, muito injustiçado, pois nosso povo não tem memória e prefere um presidente irresponsável que dsitribui migalhas aos pombos a um que preza pelas instituições e contas públicas e que sabe quando é a hora certa de fazer determinada cosa. Mas tenho certeza que a história irá reparar este erro.
Hoje todos reconhecem, exceto nosso amado atual (graças a Deus, por não muito) presidente, que o principal fruto de FHC, o plano Real e, dele filha, a estabilidade econômica são fundamentais para tudo que o Brasil possui hoje em termos de representatividade econômica no cenário mundial, pelo qual é tanto elogiado. Embora Lula, no alto de seu orgulho, o que é compatível com indivíduos ignorantes quando têm o poder em mãos, não reconheça o fruto do trabalho de seu antecessor, fez uma coisa certa, não mexeu na política econômica do governo FHC e, graças a este lastro de sensatez, o Brasil mantém uma boa posição no cenário econômico mundial, que poderia ser muito melhor, se Lula tivesse tido mais aptidão para a eficiência da máquina pública nos anos de bonança econômica.
Ainda chegará o tempo em que a privatização de setores inúteis de estarem em mãos do Estado também será reconhecida. Ela agilizou as empresas, admitiu a concorrência em nosso mercado, aumentou a produtividade das corporações e trouxe para o brasileiro tecnologia de ponta, que não estariam acessíveis, se ainda tivéssemos as filas gigantescas para conseguir um caro patrimônio que era o telefone fixo, por exemplo. Além disso, erradicou com milhares de cabides de empregos para afilhados políticos, viés para a corrupção, como, por exemplo, ainda ocorre na Petrobrás, como vemos no noticiário.
Ainda bem que há uma luz chegando em breve. Ano que vem temos novas eleições e, ao que tudo indica, essa massa que dominou a máquina pública como cupins e enraizou a corrupção, a falta de ética e moral, deverá ser ceifada pela maioria do povo. Assim, se tudo ocorrer como planejado, voltaremos a ter na Presidência um verdadeiro estadista, o senhor José Serra, que trará de volta o orgulho de ter um indivíduo de classe no comando da nossa República, como ocorria nos 8 anos de presidência do Fernando Henrique Cardoso.
Aproveitando o espaço, fazendo a justiça, parabéns FHC por ter sido o ótimo presidente que foi diante de todas as circunstâncias negativas no cenário mundial, as quais, tenho certeza, levariam o Brasil ao naufrágio, se o governo estivesse nas mãos do sapo barbudo. Parabéns também por ter feito um brilhante governo em termos de resposanbilidade fiscal, econômica e pelo árduo trabalho na reconstrução da economia e das instituições democráticas e pelos 15 anos de Plano Real! És um exemplo de estadista para as gerações futuras!
Hoje temos no comando da República um apedeuta distribuidor de esmolas para a população pobre, sem visão de futuro, que pisa nas instituições e que baseia seu governo na sua figura paternalista, no melhor estilo populista e que só não institui o Chavismo por aqui devido a estabilidade das instituições, sobretudo o Judiciário que, pelo menos por enquanto, não é um serviçal do Executivo.
Já, por outro lado, há 7 anos atrás tínhamos um verdadeiro estadista, com uma ampla visão de futuro, que reconstruiu ou fortaleceu nossas instituições democráticas, que inexistiram por mais de 20 anos e fracamente se ergueram na Nova República e durante o mandato de Collor e Itamar, aquele por não ter perfil de estadista e ter fraca maioria no Congresso - que levaria ao seu impedimento - e este por ter sido um presidente-tampão, embora um bom presidente, que foi o responsável por dar liberdade ao Fernando Henrique Cardoso para instituir o Plano Real. Aliás, nossa moeda completa hoje 15 anos e é a maior conquista do Brasil desde a redemocratização.
Enquanto Lula transborda vaidade, grosseria, orgulho e, frequentemente, ignorância, FHC é uma figura não personalista, não vaidosa, que valorizou as instituições, as alianças progressitas com verdadeira ideologias, ao contrário do governante atual, que valoriza uma franca maioria fisiologista, berço para os escândalos que aí nos deparamos.
Também deve-se destacar a diferença de estilos de ambos em se portar ao público. Lula parece que está falando a uma massa de ignorantes sempre que se dirige ao público, seu tom de voz, suas palavras, sua oratória, dá prurido nos que tem um pouco mais de massa cefálica. É quase uma tortura ter de aturar um discurso dele por mais que alguns minutos. Já FHC, por sua história catedrática, dá prazer em ver e ouvir, é um mestre da explanação, no raciocínio. É prazeroso ver um discurso de FHC, mesmo que dure horas.
Ademais, é incrível ver também como o povo brasileiro não sabe julgar certos atos ou deles se esquecem.
Fernando Henrique Cardoso é, infelizmente, muito injustiçado, pois nosso povo não tem memória e prefere um presidente irresponsável que dsitribui migalhas aos pombos a um que preza pelas instituições e contas públicas e que sabe quando é a hora certa de fazer determinada cosa. Mas tenho certeza que a história irá reparar este erro.
Hoje todos reconhecem, exceto nosso amado atual (graças a Deus, por não muito) presidente, que o principal fruto de FHC, o plano Real e, dele filha, a estabilidade econômica são fundamentais para tudo que o Brasil possui hoje em termos de representatividade econômica no cenário mundial, pelo qual é tanto elogiado. Embora Lula, no alto de seu orgulho, o que é compatível com indivíduos ignorantes quando têm o poder em mãos, não reconheça o fruto do trabalho de seu antecessor, fez uma coisa certa, não mexeu na política econômica do governo FHC e, graças a este lastro de sensatez, o Brasil mantém uma boa posição no cenário econômico mundial, que poderia ser muito melhor, se Lula tivesse tido mais aptidão para a eficiência da máquina pública nos anos de bonança econômica.
Ainda chegará o tempo em que a privatização de setores inúteis de estarem em mãos do Estado também será reconhecida. Ela agilizou as empresas, admitiu a concorrência em nosso mercado, aumentou a produtividade das corporações e trouxe para o brasileiro tecnologia de ponta, que não estariam acessíveis, se ainda tivéssemos as filas gigantescas para conseguir um caro patrimônio que era o telefone fixo, por exemplo. Além disso, erradicou com milhares de cabides de empregos para afilhados políticos, viés para a corrupção, como, por exemplo, ainda ocorre na Petrobrás, como vemos no noticiário.
Ainda bem que há uma luz chegando em breve. Ano que vem temos novas eleições e, ao que tudo indica, essa massa que dominou a máquina pública como cupins e enraizou a corrupção, a falta de ética e moral, deverá ser ceifada pela maioria do povo. Assim, se tudo ocorrer como planejado, voltaremos a ter na Presidência um verdadeiro estadista, o senhor José Serra, que trará de volta o orgulho de ter um indivíduo de classe no comando da nossa República, como ocorria nos 8 anos de presidência do Fernando Henrique Cardoso.
Aproveitando o espaço, fazendo a justiça, parabéns FHC por ter sido o ótimo presidente que foi diante de todas as circunstâncias negativas no cenário mundial, as quais, tenho certeza, levariam o Brasil ao naufrágio, se o governo estivesse nas mãos do sapo barbudo. Parabéns também por ter feito um brilhante governo em termos de resposanbilidade fiscal, econômica e pelo árduo trabalho na reconstrução da economia e das instituições democráticas e pelos 15 anos de Plano Real! És um exemplo de estadista para as gerações futuras!
Cenas de Cinema - Parte 2
A cena abaixo é de O Grande Ditador, filme de Charles Chaplin. As palavras do discurso falam por si.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Cenas de Cinema - Parte 1
A cena abaixo é de 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick. Em pouco mais de 7 minutos (infelizmente editados em relação à seqüência original, de cerca de 13 minutos), é mostrado o nascimento da humanidade após a descoberta do instrumento, o qual potencializou o poder dos ancestrais, o que levou a humanidade em frente. É uma das seqüências mais belas e sutis da história do cinema, de modo que apenas o gênio Kubrick saberia fazer. É de arrepiar!
domingo, 5 de julho de 2009
A má política
Nos últimos anos, para não ir tanto ao passado, os brasileiros se depararam com inúmeros escândalos na política brasileira, atingindo desde o relés serviçal até a mais alta figura da República. A corrupção e falta de ética são de tal tamanho que notícias deste cunho viraram lugar comum no noticiário e o brasileiro até está fadigado de ser informado sobre tais. Mas por que será que a bola de neve chegou a tal tamanho? Evitando digressões sociológicas que abordariam a origem deste problema em séculos passados, prefiro me deter em uma análise mais cotidiana e sintética, na medida do possível, abordando 3 singelos aspectos: a pouca vivência democrática brasileira, o analfabetismo político e a baixa qualificação política.
O povo brasileiro vivencia a democracia representativa plena para todos os cargos políticos há apenas 2 décadas, exceto por aqueles de mais idade que votaram em eleições pré-ditadura militar, diferentemente, por exemplo, do povo norte-americano que elege diretamente seu presidente há mais de 2 séculos. Tal fato, por si só, já explicaria a menor cobrança por parte do brasileiro de seus eleitos, seja por inexperiência de como fazê-lo, seja associação aos índices sociais, como a educação, apenas razoáveis na maioria.
Mas, infelizmente, é notável o chamado analfabetismo político, visível até mesmo nas classes mais abastadas, com acesso a boas escolas e boa formação, o que é inexplicável, e que se estende, de certa forma explicável, aos estratos menos favorecidos. Uma população que não se interessa em envolver em discussões que possam melhorar aspectos que interfiram em sua vida, não é uma população que saberá cobrar por melhorias na associação do bairro ou junto aos vereadores e deputados eleitos. É de se espantar que quase a totalidade da população não se interessa por política. Por conta disso, os políticos, mesmo que eleitos pelo voto popular, não se sentem na obrigação de prestar conta e nem de representar um povo analfabeto politicamente e, portanto, lixam-se para a opinião pública.
No Brasil, diferentemente de países europeus e os Estados Unidos, a nata social prefere trabalhar na iniciativa privada a servir o bem público, o que é uma lástima, pois sobra para os cargos eletivos, na maioria dos casos, a escória, indivíduos de baixa qualficação, que procuram na política um cabide de sustentação para atender os direitos individuais e buscar o poder pelo poder. Com este quadro lastimável, somos obrigados a ver apedeutas na presidência e indivíduos que não são estadistas guiarem o nosso grande país, o que acaba inflando a máquina pública e abrindo, portanto, mais espaço para a má política, e levando a ausência de implementação de medidas que visem o futuro da nação.
Qual seria a solução? Sou um réles estudante de medicina para querer propor uma solução para o caos que vivenciamos, mas enquanto a experiência o povo brasileiro adquirirá com mais e mais eleições, e com a estabilização de nossas instituições democráticas é isto que vai acontecer, os demais fatores são mais árduos de serem corrigidos. A cegueira política só será curada quando o brasileiro passar a corrigir atos próprios no seu cotidiano, como não permitir a se dar propina a guarda de trânsito, cumprir as leis do trânsito, colher as fezes do seu cachorro, dentre outros, como até mesmo participar mais ativamente da vida política local e partidária. Quanto a participação da nata social na política, é fundamental valorização do empregado público associada à punição rigorosa daqueles sujos, pois dificilmente o trigo vai querer se juntar ao joio, e para tal é fundamental a pressão popular. Assim, quem sabe, veremos no Brasil, como alhures, políticos renunciando ao cargo, sendo presos e até se suicidando, porque foram envolvidos em algum escândalo de corrupção.
Por fim, é importante ressaltar a todos aqueles que são aspirantes a entrar na política, para não se tornarem a escória, que tanto mal faz ao Estado, que só se deve de fato entrar nela caso possua um ideal, um objetivo, que é sacrificar-se para servir o povo, seja para melhorar a saúde, seja para a educação, ou tantos outros quesitos em que somos deficientes. Caso os aspirantes não pensem nisso, irão perpetuar os males que aí estão no noticiário, pois não existe política pela política.
O povo brasileiro vivencia a democracia representativa plena para todos os cargos políticos há apenas 2 décadas, exceto por aqueles de mais idade que votaram em eleições pré-ditadura militar, diferentemente, por exemplo, do povo norte-americano que elege diretamente seu presidente há mais de 2 séculos. Tal fato, por si só, já explicaria a menor cobrança por parte do brasileiro de seus eleitos, seja por inexperiência de como fazê-lo, seja associação aos índices sociais, como a educação, apenas razoáveis na maioria.
Mas, infelizmente, é notável o chamado analfabetismo político, visível até mesmo nas classes mais abastadas, com acesso a boas escolas e boa formação, o que é inexplicável, e que se estende, de certa forma explicável, aos estratos menos favorecidos. Uma população que não se interessa em envolver em discussões que possam melhorar aspectos que interfiram em sua vida, não é uma população que saberá cobrar por melhorias na associação do bairro ou junto aos vereadores e deputados eleitos. É de se espantar que quase a totalidade da população não se interessa por política. Por conta disso, os políticos, mesmo que eleitos pelo voto popular, não se sentem na obrigação de prestar conta e nem de representar um povo analfabeto politicamente e, portanto, lixam-se para a opinião pública.
No Brasil, diferentemente de países europeus e os Estados Unidos, a nata social prefere trabalhar na iniciativa privada a servir o bem público, o que é uma lástima, pois sobra para os cargos eletivos, na maioria dos casos, a escória, indivíduos de baixa qualficação, que procuram na política um cabide de sustentação para atender os direitos individuais e buscar o poder pelo poder. Com este quadro lastimável, somos obrigados a ver apedeutas na presidência e indivíduos que não são estadistas guiarem o nosso grande país, o que acaba inflando a máquina pública e abrindo, portanto, mais espaço para a má política, e levando a ausência de implementação de medidas que visem o futuro da nação.
Qual seria a solução? Sou um réles estudante de medicina para querer propor uma solução para o caos que vivenciamos, mas enquanto a experiência o povo brasileiro adquirirá com mais e mais eleições, e com a estabilização de nossas instituições democráticas é isto que vai acontecer, os demais fatores são mais árduos de serem corrigidos. A cegueira política só será curada quando o brasileiro passar a corrigir atos próprios no seu cotidiano, como não permitir a se dar propina a guarda de trânsito, cumprir as leis do trânsito, colher as fezes do seu cachorro, dentre outros, como até mesmo participar mais ativamente da vida política local e partidária. Quanto a participação da nata social na política, é fundamental valorização do empregado público associada à punição rigorosa daqueles sujos, pois dificilmente o trigo vai querer se juntar ao joio, e para tal é fundamental a pressão popular. Assim, quem sabe, veremos no Brasil, como alhures, políticos renunciando ao cargo, sendo presos e até se suicidando, porque foram envolvidos em algum escândalo de corrupção.
Por fim, é importante ressaltar a todos aqueles que são aspirantes a entrar na política, para não se tornarem a escória, que tanto mal faz ao Estado, que só se deve de fato entrar nela caso possua um ideal, um objetivo, que é sacrificar-se para servir o povo, seja para melhorar a saúde, seja para a educação, ou tantos outros quesitos em que somos deficientes. Caso os aspirantes não pensem nisso, irão perpetuar os males que aí estão no noticiário, pois não existe política pela política.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
A novela Sarney
É incrível ver como um partido e como um indivíduo, por conta da política e do poder, podem mudar tanto de opinião. Há pouco mais de 2 décadas, Lula e o PT eram oposição ao governo do então Presidente José Sarney, a quem Lula, à época, chamou de maior ladrão da República. Hoje, 2009, Sarney, pela 3a vez presidente do Senado, e, embora não seja o único, é o principal responsável pela crise que assola o Senado, só continua no cargo, veja só, por conta do apoio do PT e do Lula.
O PT perdeu a grande chance de voltar a defender aquilo que tanto pregava até 2002, a ética -aquela pobre coitada, trancafiada e demonizada durante a gestão de Lula, que foi ao coma em 2005 e quase teve a morte declarada em tantos vexames posteriores. Contudo, quando a ética pensava que poderia melhorar sua saúde e até voltar a vez a luz do dia durante esta gestão nefasta petista que assola o país, eis que o PT (e o presidente Lula) vai lá e acaba com a esperança dela.
Sarney, ao que tudo indica, mesmo morimbundo, continuará a exercer a presidência do Senado, pelo menos até o próximo escândalo, que poderá derrubá-lo sem muita dificuldade, haja vista sua extrema fragilidade. O PT, que poderia ter melhorado sua imagem, pelo visto irá até o fim com o Sarney e junto irá afundar-se na lama - ah coitado do PT, falta de aviso não foi, provavelmente é a cegueira de um partido que não tem mais ideologia, apenas um mote, seguir Lula sem questioná-lo, como se fosse el patron do partido. Já este, como Presidente da República, deve ter ficado feliz em demonstrar mais uma vez que o Legislativo brasileiro é apenas mais uma extensão do Executivo e mantém a esperança de que o apoio do PMDB será possível de erguer uma natimorta candidatura em 2010 e levar Dilma a vitória - quase tão cego quanto o PT, aliás a cegueira de ambos é apenas um só escuro lastreado pela ignorância.
Ah, e a ética? Provavelmente a esta hora está recebendo a sua declaração de óbito, tendo o Lula e o PT como testemunhas.
O PT perdeu a grande chance de voltar a defender aquilo que tanto pregava até 2002, a ética -aquela pobre coitada, trancafiada e demonizada durante a gestão de Lula, que foi ao coma em 2005 e quase teve a morte declarada em tantos vexames posteriores. Contudo, quando a ética pensava que poderia melhorar sua saúde e até voltar a vez a luz do dia durante esta gestão nefasta petista que assola o país, eis que o PT (e o presidente Lula) vai lá e acaba com a esperança dela.
Sarney, ao que tudo indica, mesmo morimbundo, continuará a exercer a presidência do Senado, pelo menos até o próximo escândalo, que poderá derrubá-lo sem muita dificuldade, haja vista sua extrema fragilidade. O PT, que poderia ter melhorado sua imagem, pelo visto irá até o fim com o Sarney e junto irá afundar-se na lama - ah coitado do PT, falta de aviso não foi, provavelmente é a cegueira de um partido que não tem mais ideologia, apenas um mote, seguir Lula sem questioná-lo, como se fosse el patron do partido. Já este, como Presidente da República, deve ter ficado feliz em demonstrar mais uma vez que o Legislativo brasileiro é apenas mais uma extensão do Executivo e mantém a esperança de que o apoio do PMDB será possível de erguer uma natimorta candidatura em 2010 e levar Dilma a vitória - quase tão cego quanto o PT, aliás a cegueira de ambos é apenas um só escuro lastreado pela ignorância.
Ah, e a ética? Provavelmente a esta hora está recebendo a sua declaração de óbito, tendo o Lula e o PT como testemunhas.
Post Inaugural
Lançar um blog nesta saara virtual e este ser notado é uma tarefa o tanto difícil, afinal dentre milhões apenas algumas dezenas alcançam a notoriedade e possuem um público visitante fiel. Não sei se um dia chegarei a tanto e nem se terei mais que um leitor, eu mesmo, mas acho que se decidi aderir a este meio, depois de tantos anos que explodiu, tem como principal motivo o gosto pela escrita. Com este blog, em vez de deixar meus textos restritos ao computador, que realmente só terão eu como leitor, terei pelo menos a oportunidade de alcançar mais alguém, pelo menos fico com esta esperança.
Para aqueles que um dia forem ler este blog, aqui vai uma breve introdução: sou estudante de Medicina, com formatura prevista para 2o semestre de 2011, carioca, vascaíno, filiado ao PSDB, amante da literatura (médica e ficcional) e do cinema e tenho como assuntos preferidos a política, economia, ciência, informática, tecnologia, televisão e esportes. Como hobby tenho a internet, videogame, leitura, seriados, filmes e ginástica.
Neste humilde blog que, primeiramente, será escrito para atender meus próprios gostos, versarei, na medida do possível, temas relacionados aos meus assuntos preferidos e também poderei trazer algumas coisas que já escrevi na minha vida, como poesias e contos, dependendo do meu humor do dia.
É isso, se você leu este primeiro post, meu muito obrigado e espero, quem sabe, contar com sua presença, ao menos eventualmente.
Para aqueles que um dia forem ler este blog, aqui vai uma breve introdução: sou estudante de Medicina, com formatura prevista para 2o semestre de 2011, carioca, vascaíno, filiado ao PSDB, amante da literatura (médica e ficcional) e do cinema e tenho como assuntos preferidos a política, economia, ciência, informática, tecnologia, televisão e esportes. Como hobby tenho a internet, videogame, leitura, seriados, filmes e ginástica.
Neste humilde blog que, primeiramente, será escrito para atender meus próprios gostos, versarei, na medida do possível, temas relacionados aos meus assuntos preferidos e também poderei trazer algumas coisas que já escrevi na minha vida, como poesias e contos, dependendo do meu humor do dia.
É isso, se você leu este primeiro post, meu muito obrigado e espero, quem sabe, contar com sua presença, ao menos eventualmente.
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