O HPV é a sigla para papiloma vírus humano, sendo uma designação que engloba mais de 70 tipos de vírus de DNA. Há 6 tipos do vírus que possuem potencial oncogênico (6,11,16,18,34,35), podendo levar ao desenvolvimento de neoplasias.
O HPV é um vírus que pode ser transmitido pelo contato íntimo entre indivíduos, incluindo o sexo, ou por escamas que contenham o vírus.Pode haver auto-inoculação. É essencial uma dissolução de continuidade prévia do tecido para a inoculação do HPV.
O vírus possui como alvo de infecção o epitélio de superfície, levando a lesões proliferativas de epitélios estratificados devido a replicação nas camadas suprabasais. As lesões podem sem divididas em cutâneas e extracutâneas. As lesões cutâneas são denominadas de verrugas, que podem atingir qualquer parte da pele, genitais e ânus, já as extracutâneas podem acometer a boca, nariz, conjuntivas, laringe e cérvice uterina.
A verruga genital e as verrugas do cérvice são de transmissão essencialmente sexual. A verruga genital é denominada também de condiloma acuminado e possui aspecto de couve flor, sendo úmida, atingindo ambos os sexos. As verrugas do cérvice de longa duração (mais de 5 anos) possuem estreita relação com carcinoma epidermóide da cérvice uterina.
O diagnóstico das lesões cutâneas é essencialmente clínica. Já as lesões extra-cutâneas demandam a realização de biópsia para a confirmação diagnóstica. No caso das verrugas do cérvice, podem ser rastreadas pelas realização de exame colpooncocitológico anual (Papanicolau), que, ao indicar alterações, leva a realização de colposcopia e biópsia de áreas suspeitas ao teste de Schiller.
O tratamento depende muito da escolha individual do profissional e do local afetado. Há uma gama de opções como citostásticos, imunomoduladores, cáusticos, crioterapia com nitrogênio líquido, terapia a laser com CO2, eletrocirurgia, cirurgia, dentre outros. Deve ser feito, preferencialmente, por dermatologista, ginecologista, urologista ou proctologista, dependendo da região afetada.
Atualmente para a prevenção está disponível uma vacina quadrivalente contra os tipos 6,11,16 e 18, responsáveis por até 80% dos cânceres de colo uterino, que é um dos 3 tipos de neoplasias malignas que mais levam as brasileiras a óbito. A aplicação da vacina é feita em 3 doses, sendo disponível apenas em clínicas particulares e indicada em jovens do sexo feminino após os 9 anos de idade e, de extrema preferência, antes do início da vida sexual. Desconhece-se, no momento, o efeito protetor da vacina após 5 anos de aplicação.
A prevenção é a utilização de preservativos nas relações sexuais, A consulta ginecológica anual é de extrema importância para detecção precoce de lesões pré-cancerígenas ou câncer em estágio inicial, pois a neoplasia de colo uterino só apresenta sintomatologia em estágios avançados.
sábado, 11 de julho de 2009
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